segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Academia para viagem

Academia para viagem Folha de São Paulo - Equilibrio/ Online - Fitness - 03/01/2008
Relaxar, sempre, perder a forma, jamais para manter o visual, a sugestão é um programa de férias que cabe na bagagem
Monique Conto, 27, que não deixa de malhar nem quando viaja de férias

IARA BIDERMAN COLABORAÇÃO PARA FOLHA
Passada a intensa atividade do fim do ano, quem saiu de férias só pensa em ficar de pernas e papo para o ar. Justo. Alguns dias sem fazer nada podem ser necessários para recarregar baterias antes de voltar à rotina de sempre -incluindo, além do trabalho, os compromissos com a própria saúde, como freqüentar a academia. E mesmo aqueles músculos mais firmes, obtidos com muito esforço após meses de treino, parecem precisar de um descanso.

Rigorosamente, o tempo de repouso necessário para recuperar as estruturas musculares é de 24h a 72h. "Para quem não tem compromisso com performance, mas quer manter a forma, não há necessidade de mais de um dia de descanso", afirma Paulo Akiau, presidente da Body Systems Latin America. Se a pessoa quiser passar o feriadão sem se mexer, tudo bem, mas Akiau acha que mais do que dez dias de inatividade não valem a pena. "A pior fase do exercício é a inicial. Quando voltar à atividade, a pessoa terá um recomeço mais difícil. E ficar parado 15 dias é o suficiente para perder uma parte do condicionamento adquirido", diz.

Para manter a forma alcançada com muito suor durante o ano, Akiau recomenda adotar um programa básico de exercícios nas férias. Segundo ele, as atividades devem durar pelo menos 30 minutos e, alternando os tipos de treino (aeróbico e de força), podem ser feitas todos os dias. Sessões de alongamento devem acompanhar cada treino.

Como não dá para levar toda a estrutura da academia na mala, Luiz Fabrizio Araújo, especia-lista em biomecânica e professor de educação física da academia Triathon, de São Paulo, su-gere usar a criatividade: pacotes de mantimentos de 1 kg a 5 kg e garrafas PET com capacidade de 1,5 l a 3 l substituem pesos. Os mais prevenidos podem comprar "rubber bands", elásticos especiais para exercícios de resistência que cabem em qualquer cantinho da mala e são levíssimos.

Araújo recomenda que os exercícios com pesos adaptados ou com os elásticos sejam feitos por quem já tem alguma prática. Para iniciantes, alternar caminhadas com corridas leves é mais seguro. Isso não vai deixar os tríceps durinhos nem a barriga chapada, mas garante o mínimo.

Claro que o significado depadrão mínimo depende das expectativas individuais. Para a profissional de marketing Monique Conto, 27, corridinhas na areia não são o suficiente. Acostumada a freqüentar diariamente a academia, nem sonha em abandonar os treinos durante as férias. O mínimo, para ela, são quatro séries de 20 repetições de exercícios abdominais. "Isso é de praxe. Também costumo levar pesos de areia na bagagem. Mas quem quer se exercitar de verdade treina com qualquer coisa", diz.

Juliano de Andrade Duarte, coordenador de musculação da unidade Morumbi da Fórmula Academia, de São Paulo, sugere aos viajantes o uso de equipamentos públicos, que costumam estar disponíveis em parques e praias. "Por exemplo, as barras paralelas e as pranchas abdominais, que ficam no calçadão da praia em várias cidades de veraneio, são ótimas opções." A ausência desses equipamentos (ou da vontade de usá-los) não é desculpa para deixar de treinar. Além das atividades ao ar livre típicas do verão, é possível manter um treino neuromuscular em qualquer lugar -até em um quarto de hotel.

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